ANÁLISES, TEXTOS RELACIONADOS AO MUNDO DAS PESQUISAS E PRINCIPAIS TRABALHOS REALIZADOS.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O NATAL E O CONSUMO PRECOCE PROVOCAM O AUMENTO DO PODER DE DECISÃO DE COMPRA EXERCIDO PELAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES SOBRE O CONSUMO FAMILIAR.


Mudanças no Perfil do Consumo no Brasil:  Principais Tendências nos Próximos 20 Anos. 
Sexta Parte. 

Direto do site Macroplan.


No Natal o fascínio pelos presentes aumenta o
desejo de consumo das crianças.

O público infanto-juvenil já é encarado hoje como clientes potenciais ao estabelecer um padrão de consumo próprio e apresentar um alto poder de decisão de compra sobre o consumo familiar. De fato, o que se percebe nos últimos anos é que crianças e adolescentes estão ficando adultas mais cedo ou, pelo menos, assumindo hábitos de consumo mais precocemente. Existem, basicamente, duas grandes razões para isso: as mudanças ocorridas na dinâmica familiar nas últimas décadas e o impacto da tecnologia sobre o mundo infanto-juvenil.As famílias vêm diminuindo o número de filhos desde a década de 70, reduzindo as possibilidades de convívio por mais tempo com crianças em casa. Com isso, os filhos passaram a ter apenas adultos para se relacionar, sendo obrigados a entender, e, em boa parte, adotar seus códigos de expressão e comportamento.

Ao mesmo tempo em que a família foi diminuindo, os pais passaram a destinar mais tempo para suas vidas fora de casa, notadamente com a participação crescente da mulher no mercado de trabalho. Nesse contexto, a tecnologia passa a assumir papel de destaque. A televisão, o computador pessoal e o telefone celular consistem em poderosos canais de comunicação que disseminam novos comportamentos e estimulam o consumo. A partir do instante em que crianças e adolescentes são instrumentalizados pelos pais com esse aparato tecnológico, mais cedo elas são introduzidas ao mundo adulto, diminuindo sua infância.

Estudo da InterScience divulgado em 2003 revela que 80% das crianças brasileiras influenciam as compras de produtos, enquanto que, em 2000, esse valor era de 71% (figura 2). Estudo posterior, realizado em 2005, revelou ainda que o poder das crianças sobre a escolha de marcas era da ordem de 18%. No futuro, o mesmo estudo da InterScience estima que este poder de influência poderá chegar a 53%.

Isso significa uma maior busca por produtos e serviços infanto-juvenis, como educação (básica e complementar, como cursos de inglês e esportes) e lazer. Além disso, produtos vinculados a tecnologias da informação e conhecimento, como celulares e eletrônicos, também passam a ser consumidos com maior intensidade por essa faixa etária. Diante disso, será cada vez mais importante para a competitividade das empresas um redirecionamento crescente de suas estratégias de marketing para incrementar o apelo comercial de seus produtos e serviços para crianças e adolescentes ou para seus responsáveis financeiros, os pais.


A influencia das crianças brasileiras na compra de produtos:



       Fonte: Estudo Kids Power - InterScience 2007