ANÁLISES, TEXTOS RELACIONADOS AO MUNDO DAS PESQUISAS E PRINCIPAIS TRABALHOS REALIZADOS.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

A PESQUISA ELEITORAL PARA PLANEJAMENTO DE UMA CAMPANHA POLÍTICA, PRINCIPALMENTE PARA CANDIDATURAS A DEPUTADO ESTADUAL OU FEDERAL, TEM QUE TER AMOSTRAGEM CONSISTENTE E ABSOLUTO SIGILO DOS RESULTADOS PARA OS CANDIDATOS.


A imagem de um Obama construída com centenas de micro fotos 
mostra de maneira bem clara e objetiva como ao longo
de uma campanha eleitoral a imagem de um candidato
precisa agregar diferentes seguimentos sociais. Sem
essa diversidade a possibilidade de uma vitória
fica reduzida, salvo poucas exceções. 

Um dos principais problemas das pesquisas eleitorais, principalmente para os candidatos, está na leitura dos resultados, que precisam ser apresentados de forma didática para uma compreensão facilitada, que permita um planejamento da campanha eleitoral que seja racional e objetivo, conseqüentemente facilitando a gestão do trabalho.

Nos últimos 30 anos desde a queda definitiva da Ditadura Militar, o Brasil não passou mais de dois anos sem ter uma eleição ou plebiscito. Com tantas votações, o eleitor brasileiro mesmo que de diferentes gerações, já acumula muita experiência na arte de fazer sua opção. Erros e acertos aconteceram e ainda deverão acontecer, mas tudo isso faz parte de um aprendizado continuo e inerente aos regimes democráticos.

Plebiscitos à parte, basicamente o eleitor brasileiro tem escolhido representantes para os legislativos juntamente com governantes em todas escalas, municipal, estadual e federal sempre a cada dois anos, intercalando Prefeitos e Vereadores com Presidente da República, Governadores, Senadores, Deputados Federais e Estaduais.

No contesto das eleições as votações se dividem entre as para os cargos Executivos e as para os Legislativos.

Para os cargos Executivos temos uma realidade de apenas uma vaga em disputa por eleição com um número menor de candidatos, incluindo nesse caso também a disputa para o Senado que chega no máximo a duas vagas em disputa a cada oito anos. Para este tipo de eleição, a pesquisa eleitoral não tem um raio de possibilidades muito ampliado e pode ser planejada para resultados mais previsíveis.

Porém, na disputa para os cargos legislativos, deputados federais e estaduais, temos de dezenas a centenas de vagas em disputa, com um número muito maior de candidatos que inclusive pode chegar a milhares, o que certamente torna o planejamento destas pesquisas uma tarefa muito mais difícil de realizar, assim como também mais imprevisível.

Geralmente os candidatos são induzidos, pela necessidade da propaganda eleitoral de produzir resultados positivos até mesmo pela possibilidade de buscar recursos, a apresentarem pesquisas positivas feitas para ter efeito de impacto de marketing eleitoral, desprezando as pesquisas com resultados realistas inicialmente desfavoráveis que se interpretados de forma correta poderão significar estratégias acertadas que terão resultados positivos na reta final da campanha eleitoral.

No caso das campanhas eleitorais para cargos legislativos agora em 2014, em especial para as candidaturas aos cargos de deputados estaduais e federais, o desafio real colocado para as pesquisas eleitorais está no primeiro levantamento, geralmente realizado em fevereiro, antes do carnaval. Um trabalho que possibilitará uma analise das expectativas do eleitorado, que mesmo aparentando não estar ainda pensando no assunto eleição, quando provocado não se furtará em mostrar os caminhos que está pensando em seguir até a decisão final do voto, que geralmente começa a ser consolidada na segunda quinzena de setembro.

O desafio colocado será o de como buscar as pistas iniciais do eleitorado, quanto as suas aspirações e também em relação aos principais nomes colocados nas disputas, pelas vagas de deputados federais e estaduais.

O principal componente para que uma pesquisa eleitoral para inicio do planejamento de uma campanha eleitoral para um deputado, quer seja estadual ou federal, esta no planejamento da amostragem da pesquisa, que são as pessoas que serão entrevistadas, tanto no perfil social destes entrevistados, quanto no tamanho da amostra que será utilizada na pesquisa.

Esse tipo de pesquisa para planejamento de uma campanha eleitoral tem que ser sigiloso e esse compromisso dever ser a principal regra do planejador e gestor da pesquisa contratada.


Flávio Luiz Sartori



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