ANÁLISES, TEXTOS RELACIONADOS AO MUNDO DAS PESQUISAS E PRINCIPAIS TRABALHOS REALIZADOS.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A EXPANSÃO DAS VENDAS DE FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS, O FLV, NOS SUPERMERCADOS.




Redes varejistas aumentam o espaço dedicado ao hortifruti nas 
gôngolas e desenvolvem políticas de controle 
de qualidade para o setor. 


Direto do site do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes - SP.

A busca crescente por alimentos mais saudáveis está expandindo o espaço dedicado a produtos FLV dentro dos supermercados. No Brasil, essa tendência é cada vez mais visível. Atualmente, o setor de frutas, legumes e verduras representa cerca de 13% do faturamento de uma loja.
Os supermercadistas entendem a importância desse dado e estão atentos às exigências dos consumidores. Nesse cenário, pequenas e grandes redes já desenvolveram políticas de controle de qualidade desse tipo de mercadoria e tentam seguir à risca as determinações da Anvisa\(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a legislação do Ministério da Agricultura e Abastecimento.

O aumento no consumo de FLV não está intimamente ligado ao nível social dos consumidores. Minimercados localizados na região metropolitana de São Paulo também estão sentindo a necessidade de aumentar a variedade e a qualidade dos produtos oferecidos.
Em Osasco, o gerente do Mercado Futuro, Renato Nayron, explica que o projeto de expansão do
estabelecimento priorizava, desde o início, a seção de hortifruti. “Os clientes estavam sempre atrás de frutas e legumes que não tínhamos na loja. Quando pensamos na reforma, sabíamos que essa parte teria destaque".

Ações adotas por muitos varejistas envolvem também o aperfeiçoamento da qualidade do produto
fornecido. Para alcançar melhores resultados, a rede St Marche rastreia o FLV desde a hora da compra no fornecedor, passando pelo transporte até a entrega da mercadoria na loja.
“A equipe de prevenção averigua o caminhão antes de descarregar.
As frutas e os legumes são examinados um a um (cor, temperatura, maturidade). Só depois disso a entrada é liberada", explica Renato Mendonça, coordenador de produtos não perecíveis. “De um ano para cá, a demanda por hortifruti aumentou bastante. Tivémos de rever os pedidos e reorganizar a instalação desses alimentos", acrescenta.

A contratação de profissionais capacitados e investimento em cursos de manejo de FLV para funcionários antigos fazem o setor de FLV “encher os olhos dos clientes”.
A combinação de cores, a montagem, o volume da pilha e opções de degustação satisfazem os compradores antes da compra. Por isso, os espaços de hortifruti dentro dos supermercados estão tomando a freguesia das feiras livres.

Atualmente, o consumidor prefere comprar tudo em um mesmo lugar.
As vendas de produtos perecíveis já ultrapassam, em alguns mercados, o número de vendas dos não perecíveis.
Apesar de ser considerado ultrapassado, o sistema de abastecimento de FLV no Brasil está len- tamente evoluindo e buscando o padrão de qualidade comumente encontrado em produtos com maior prazo de validade. A atenção com que a rede varejista trata o assunto aponta para uma solução comum.


sábado, 2 de agosto de 2014

CONSUMOS EM NICHOS: AUMENTO DA PROCURA POR SERVIÇOS E PRODUTOS DIRECIONADOS A MERCADOS (PÚBLICOS) ESPECÍFICOS (PORTADORES ESPECIAIS, GLS, RELIGIOSOS E AFRO DESCENDENTES, ENTRE OUTROS).


Mudanças no Perfil do Consumo no Brasil:  Principais Tendências nos Próximos 20 Anos. Nona Parte.

Direto do site Marcoplan.


Qual o nicho de mercado mais acertado nos mercados específicos?


O Brasil vem assistindo à emergência de mercados específicos voltados a determinados nichos de consumo com resultados significativamente consolidados e crescentes. Entre estes mercados destacam-se aqueles voltados a portadores de necessidades especiais, homossexuais, produtos religiosos e afro-descendentes.

Atualmente, os portadores de deficiência já somam 24,5 milhões de pessoas, correspondendo a cerca de 14,5% da população brasileira (IBGE). Trata-se de um mercado consumidor que movimenta anualmente R$ 1 bilhão, sendo R$ 100 milhões só com vendas de cadeiras de rodas e mais R$ 400 milhões no comércio de automóveis com isenção de impostos e adaptações veiculares.

Outro segmento que apresenta elevado dinamismo é aquele voltado ao público GLS. A despesa em publicidade nos meios de comunicação dirigidos à comunidade gay nos EUA foi de 223 milhões de dólares em 2006, um aumento de 8% em relação a 2004 (Prime Access e Rivendell Media), e este é um fenômeno que também começa a ganhar força no Brasil. Dentre aqueles que se declaram homossexuais, 36% estão na classe A, enquanto 47% estão na B e 16% na C. Trata-se, portanto, de um público dotado de elevado poder aquisitivo, gastando mais do que 30% em relação aos heterossexuais.

O Brasil é um país com ampla diversidade étnica e cultural. Segundo o IBGE, 51% da população se declara branca e 48% parda ou negra. Entre os ricos brasileiros (1% da população), os negros e pardos representam 9,17%. De acordo com o Ipea, a classe média negra brasileira cresceu 10% entre 1992 e 1999, chegando a representar um terço de toda a classe média. Nesse sentido, tendo em vista qualquer um dos índices, é certo que começa a se perceber no Brasil um crescimento na renda e no poder de compra entre os pardos e negros, o que determina o crescimento de um mercado afro-descendente.


No que se refere ao mercado de produtos religiosos, trata-se de um nicho que cresce em torno de 30% ao ano e gera receitas superiores a R$ 3 bilhões, movimentando mais de 900 empresas (Isto é Dinheiro, jun/2006).