Redes varejistas aumentam o espaço dedicado ao hortifruti nas
gôngolas e desenvolvem políticas de controle
de qualidade para o setor.
Direto do site do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes - SP.
A busca crescente por alimentos mais saudáveis está expandindo o espaço dedicado a produtos FLV dentro dos supermercados. No Brasil, essa tendência é cada vez mais visível. Atualmente, o setor de frutas, legumes e verduras representa cerca de 13% do faturamento de uma loja.
Os supermercadistas entendem a importância desse dado e estão atentos às exigências dos consumidores. Nesse cenário, pequenas e grandes redes já desenvolveram políticas de controle de qualidade desse tipo de mercadoria e tentam seguir à risca as determinações da Anvisa\(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a legislação do Ministério da Agricultura e Abastecimento.
O aumento no consumo de FLV não está intimamente ligado ao nível social dos consumidores. Minimercados localizados na região metropolitana de São Paulo também estão sentindo a necessidade de aumentar a variedade e a qualidade dos produtos oferecidos.
Em Osasco, o gerente do Mercado Futuro, Renato Nayron, explica que o projeto de expansão do
estabelecimento priorizava, desde o início, a seção de hortifruti. “Os clientes estavam sempre atrás de frutas e legumes que não tínhamos na loja. Quando pensamos na reforma, sabíamos que essa parte teria destaque".
Ações adotas por muitos varejistas envolvem também o aperfeiçoamento da qualidade do produto
fornecido. Para alcançar melhores resultados, a rede St Marche rastreia o FLV desde a hora da compra no fornecedor, passando pelo transporte até a entrega da mercadoria na loja.
“A equipe de prevenção averigua o caminhão antes de descarregar.
As frutas e os legumes são examinados um a um (cor, temperatura, maturidade). Só depois disso a entrada é liberada", explica Renato Mendonça, coordenador de produtos não perecíveis. “De um ano para cá, a demanda por hortifruti aumentou bastante. Tivémos de rever os pedidos e reorganizar a instalação desses alimentos", acrescenta.
A contratação de profissionais capacitados e investimento em cursos de manejo de FLV para funcionários antigos fazem o setor de FLV “encher os olhos dos clientes”.
A combinação de cores, a montagem, o volume da pilha e opções de degustação satisfazem os compradores antes da compra. Por isso, os espaços de hortifruti dentro dos supermercados estão tomando a freguesia das feiras livres.
Atualmente, o consumidor prefere comprar tudo em um mesmo lugar.
As vendas de produtos perecíveis já ultrapassam, em alguns mercados, o número de vendas dos não perecíveis.
Apesar de ser considerado ultrapassado, o sistema de abastecimento de FLV no Brasil está len- tamente evoluindo e buscando o padrão de qualidade comumente encontrado em produtos com maior prazo de validade. A atenção com que a rede varejista trata o assunto aponta para uma solução comum.