ANÁLISES, TEXTOS RELACIONADOS AO MUNDO DAS PESQUISAS E PRINCIPAIS TRABALHOS REALIZADOS.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A EXPANSÃO DAS VENDAS DE FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS, O FLV, NOS SUPERMERCADOS.




Redes varejistas aumentam o espaço dedicado ao hortifruti nas 
gôngolas e desenvolvem políticas de controle 
de qualidade para o setor. 


Direto do site do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes - SP.

A busca crescente por alimentos mais saudáveis está expandindo o espaço dedicado a produtos FLV dentro dos supermercados. No Brasil, essa tendência é cada vez mais visível. Atualmente, o setor de frutas, legumes e verduras representa cerca de 13% do faturamento de uma loja.
Os supermercadistas entendem a importância desse dado e estão atentos às exigências dos consumidores. Nesse cenário, pequenas e grandes redes já desenvolveram políticas de controle de qualidade desse tipo de mercadoria e tentam seguir à risca as determinações da Anvisa\(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a legislação do Ministério da Agricultura e Abastecimento.

O aumento no consumo de FLV não está intimamente ligado ao nível social dos consumidores. Minimercados localizados na região metropolitana de São Paulo também estão sentindo a necessidade de aumentar a variedade e a qualidade dos produtos oferecidos.
Em Osasco, o gerente do Mercado Futuro, Renato Nayron, explica que o projeto de expansão do
estabelecimento priorizava, desde o início, a seção de hortifruti. “Os clientes estavam sempre atrás de frutas e legumes que não tínhamos na loja. Quando pensamos na reforma, sabíamos que essa parte teria destaque".

Ações adotas por muitos varejistas envolvem também o aperfeiçoamento da qualidade do produto
fornecido. Para alcançar melhores resultados, a rede St Marche rastreia o FLV desde a hora da compra no fornecedor, passando pelo transporte até a entrega da mercadoria na loja.
“A equipe de prevenção averigua o caminhão antes de descarregar.
As frutas e os legumes são examinados um a um (cor, temperatura, maturidade). Só depois disso a entrada é liberada", explica Renato Mendonça, coordenador de produtos não perecíveis. “De um ano para cá, a demanda por hortifruti aumentou bastante. Tivémos de rever os pedidos e reorganizar a instalação desses alimentos", acrescenta.

A contratação de profissionais capacitados e investimento em cursos de manejo de FLV para funcionários antigos fazem o setor de FLV “encher os olhos dos clientes”.
A combinação de cores, a montagem, o volume da pilha e opções de degustação satisfazem os compradores antes da compra. Por isso, os espaços de hortifruti dentro dos supermercados estão tomando a freguesia das feiras livres.

Atualmente, o consumidor prefere comprar tudo em um mesmo lugar.
As vendas de produtos perecíveis já ultrapassam, em alguns mercados, o número de vendas dos não perecíveis.
Apesar de ser considerado ultrapassado, o sistema de abastecimento de FLV no Brasil está len- tamente evoluindo e buscando o padrão de qualidade comumente encontrado em produtos com maior prazo de validade. A atenção com que a rede varejista trata o assunto aponta para uma solução comum.


sábado, 2 de agosto de 2014

CONSUMOS EM NICHOS: AUMENTO DA PROCURA POR SERVIÇOS E PRODUTOS DIRECIONADOS A MERCADOS (PÚBLICOS) ESPECÍFICOS (PORTADORES ESPECIAIS, GLS, RELIGIOSOS E AFRO DESCENDENTES, ENTRE OUTROS).


Mudanças no Perfil do Consumo no Brasil:  Principais Tendências nos Próximos 20 Anos. Nona Parte.

Direto do site Marcoplan.


Qual o nicho de mercado mais acertado nos mercados específicos?


O Brasil vem assistindo à emergência de mercados específicos voltados a determinados nichos de consumo com resultados significativamente consolidados e crescentes. Entre estes mercados destacam-se aqueles voltados a portadores de necessidades especiais, homossexuais, produtos religiosos e afro-descendentes.

Atualmente, os portadores de deficiência já somam 24,5 milhões de pessoas, correspondendo a cerca de 14,5% da população brasileira (IBGE). Trata-se de um mercado consumidor que movimenta anualmente R$ 1 bilhão, sendo R$ 100 milhões só com vendas de cadeiras de rodas e mais R$ 400 milhões no comércio de automóveis com isenção de impostos e adaptações veiculares.

Outro segmento que apresenta elevado dinamismo é aquele voltado ao público GLS. A despesa em publicidade nos meios de comunicação dirigidos à comunidade gay nos EUA foi de 223 milhões de dólares em 2006, um aumento de 8% em relação a 2004 (Prime Access e Rivendell Media), e este é um fenômeno que também começa a ganhar força no Brasil. Dentre aqueles que se declaram homossexuais, 36% estão na classe A, enquanto 47% estão na B e 16% na C. Trata-se, portanto, de um público dotado de elevado poder aquisitivo, gastando mais do que 30% em relação aos heterossexuais.

O Brasil é um país com ampla diversidade étnica e cultural. Segundo o IBGE, 51% da população se declara branca e 48% parda ou negra. Entre os ricos brasileiros (1% da população), os negros e pardos representam 9,17%. De acordo com o Ipea, a classe média negra brasileira cresceu 10% entre 1992 e 1999, chegando a representar um terço de toda a classe média. Nesse sentido, tendo em vista qualquer um dos índices, é certo que começa a se perceber no Brasil um crescimento na renda e no poder de compra entre os pardos e negros, o que determina o crescimento de um mercado afro-descendente.


No que se refere ao mercado de produtos religiosos, trata-se de um nicho que cresce em torno de 30% ao ano e gera receitas superiores a R$ 3 bilhões, movimentando mais de 900 empresas (Isto é Dinheiro, jun/2006).

quarta-feira, 19 de março de 2014

PESQUISA DO IBOPE REVELA, DE ACORDO COM OS ENTREVISTADOS, QUE 82% DOS BRASILEIROS ACHAM QUE A MAIORIA DAS PESSOAS SÓ QUEREM TER VANTAGENS.





62% dos brasileiros dizem ter pouca ou nenhuma confiança nas pessoas

Direto do site do IBOPE 17/03/2014

Pesquisa mostra que a sensação de confiança aumenta quando se trata da própria família

O brasileiro só confia muito na própria família. É o que mostra a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira: Confiança Interpessoal, do IBOPE Inteligência para a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, 73% dos brasileiros têm muita confiança na família. Quando indagados sobre as outras pessoas com quem convivem, a desconfiança aumenta: só 18% dizem confiar muito nos amigos, 11% nos vizinhos e 9% nos colegas de trabalho ou da escola. Apenas 6% têm muita confiança nas outras pessoas. Outros 31% dizem ter alguma confiança nas outras pessoas em geral. E 62% dizem ter pouca ou nenhuma.

A justificativa para a baixa confiança está na impressão de que as pessoas agem de maneira errada. Para 82% dos entrevistados, a maioria das pessoas só quer tirar vantagem. A sensação é maior na região Nordeste, onde 89% da população têm essa percepção, e menor nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde o percentual cai para 71%.

Moradores do interior confiam menos - A parcela dos que dizem confiar quase nada ou não confiar é maior entre os moradores do interior do país (64%) do que entre os das capitais (60%). Dos que estão nas cidades no interior, 83% dizem que as pessoas só querem tirar vantagem e apenas 15% agem de maneira correta. Nas capitais, enquanto 80% acreditam que o outro quer tirar vantagem, 19% diz que as pessoas agem de maneira correta.

Nordeste e Sudeste desconfiam mais - No Nordeste e no Sudeste, o percentual dos que têm quase nenhuma ou nenhuma confiança é superior à média nacional, de 62%. Nas duas regiões, esse índice sobe para 66% e 65%, respectivamente. Já na região Sul cai para 53% e nas regiões Norte e Centro-Oeste é de 57%.

Jovens desconfiados - Entre os que têm entre 16 e 24 anos, 67% dizem ter quase nenhuma ou nenhuma confiança. O percentual cai para 57% quando se analisa a parcela que tem 50 anos ou mais. Enquanto 85% dos mais jovens acreditam que as pessoas só querem tirar vantagem, 79% dos mais velhos dizem o mesmo. 

Homens X mulheres - O nível de desconfiança independe do sexo. Para homens e mulheres o percentual dos que têm quase nenhuma ou nenhuma confiança nas outras pessoas em geral é o mesmo, de 62%. Para 83% das mulheres, a maioria das pessoas só quer tirar vantagem. O percentual dos homens que dizem o mesmo é de 82%.



domingo, 16 de março de 2014

DIRETO DA CARTA CAPITAL, O ARTIGO DE MARCOS COIMBRA DESTE FINAL DE SEMANA SOBRE A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL DESTE ANO QUE TODOS NÓS PRECISAMOS LER PARA NÃO FICARMOS FANTASIANDO LEITURAS ENVIESADAS, QUE NÃO REPRESENTAM A REALIDADE.


As realidades dos quadros eleitorais para Lula em 2006 e para
Dilma em 2014, apesar de diferenciadas, se combinam.


Análise / Marcos Coimbra
As reeleições de Lula e Dilma
Poucos se lembram, mas o ex-presidente enfrentou maiores dificuldades em 2006
por Marcos Coimbra — publicado 16/03/2014 00:11


Existem muitas diferenças e algumas semelhanças entre os primeiros mandatos de Lula e Dilma Rousseff. No plano eleitoral, essas são especialmente visíveis no modo como chegaram ao quarto ano e ao início do processo sucessório.

A vitória de Lula em 2006 foi tão significativa e o segundo mandato tão consagrador que tendemos a esquecer as dificuldades que o ex-presidente atravessou naquele ano. Ele sempre liderou as pesquisas, é verdade, e o governo manteve-se majoritariamente aprovado ao longo do período, mas sua posição só se tornou confortável nos últimos meses.

Se tomássemos como estava no fim de fevereiro, constataríamos um quadro nada tranquilizador. O governo tinha uma avaliação positiva de 37%, maior que a negativa, de 22%, mas menor que a soma daqueles que o consideravam “regular”, 39%, segundo dados do Datafolha.

Essa falta de entusiasmo em relação ao governo se manifestava nas intenções de voto: na mesma pesquisa, Lula obtinha 39% na lista em que José Serra, com 31%, aparecia então como a opção do PSDB. Os demais candidatos totalizavam 16%. A chance de o petista vencer no primeiro turno era quase nula.

Nos levantamentos subsequentes, a vantagem de Lula sobre os concorrentes ampliou-se, mas muito pelo fato de Geraldo Alckmin ter sido o escolhido para representar os tucanos. Em março, o ex-presidente tinha 42% e o paulista alcançava 23%. No mês seguinte, a diferença entre os dois permaneceu idêntica. Lula só chegou à marca de 45% em maio, quando deixaram de ser pesquisados os nomes de possíveis candidatos do PMDB, após o partido decidir não lançar um nome.

Como se vê, foi lenta a ascensão de Lula, e deveu-se mais a movimentos internos do sistema político do que ao crescimento do apoio popular à candidatura.

A razão, provavelmente, era a avaliação do governo. Pois, se é fato que os números de fevereiro (embora não fossem maravilhosos) mostrassem expressiva recuperação em relação a dezembro, os meses seguintes foram de interrupção da tendência de melhora.
No fim de 2005, o governo Lula havia chegado a seu pior momento: apenas 28% dos entrevistados o avaliavam positivamente, abaixo dos 29% que o reprovavam. Recompôs-se e foi a 37% em fevereiro. Mas lá empacou: 38% em março, 37% em abril, 39% em maio, 38% em julho. Parecia incapaz de voltar ao patamar de 45%, onde estivera em dezembro de 2004.

Quem acompanha as pesquisas atuais percebe a semelhança com o momento atual. As quatro fases pelas quais Lula passou entre meados de 2005 e a pré-campanha de 2006 repetem-se com Dilma. A presidenta estava em seu máximo no começo de 2013, perdeu boa parte da popularidade entre junho e julho, recuperou-se em agosto, mas sem voltar aos níveis anteriores ao “derretimento”, e parou de melhorar de lá para cá. Sua avaliação e intenção de voto estão “congeladas” desde setembro.  O mesmo padrão do ocorrido com Lula.

Em 2006, houve, porém, uma nova fase, inaugurada quando foi dada a largada efetiva da campanha. Mais especificamente, a partir de agosto, ao começar a propaganda eleitoral na televisão e no rádio.  Foi somente quando Lula teve acesso aos meios de comunicação de massa, para mostrar seu trabalho e defender o governo, que as condições de competição se tornaram menos desequilibradas. A intensa campanha da mídia antipetista contra ele e o governo não cessou, mas outro discurso pôde ser exposto aos eleitores.

A avaliação positiva foi a 45% em agosto, 46% no início e 49% no fim de setembro. Continuou a crescer em outubro e chegou a 53%, superior à alcançada por qualquer presidente que o antecedeu, em qualquer momento (dados sempre do Datafolha). 
E Lula venceu a eleição.

A lembrança do acontecido em 2006 serve para deixar menos ansiosos aqueles que apoiam a reeleição de Dilma. Tudo considerado, o fato de ela “ter parado de subir” desde agosto de 2013 não parece ser problema grave.

Inversamente, serve para diminuir as esperanças da oposição. Não são apenas Aécio Neves e Eduardo Campos que podem se beneficiar da propaganda eleitoral. Na verdade, como vimos nas disputas pela reeleição, tanto com Fernando Henrique Cardoso em 1998 quanto com Lula em 2006, quem está no governo tende a crescer, pois possui obras a apresentar e argumentos concretos para convencer os eleitores.

Ainda mais quando, como Dilma neste ano, lidera uma coalizão que lhe assegura abundante tempo de televisão.

domingo, 2 de março de 2014

MÚSICA ENQUANTO O PRÓXIMO TEXTO CHEGA: CHICO SCIENCE INESQUECÍVEL EM A CIDADE, RETRATADA EM TODAS SUAS CONTRADIÇÕES, QUE É O QUE BUSCAMOS QUANDO SAÍMOS PESQUISANDO POR AI AFORA.


Se não tivermos idéias, não existimos.

E a cidade se apresenta
Centro das ambições
Para mendigos ou ricos
E outras armações
Coletivos, automóveis,
Motos e metrôs
Trabalhadores, patrões,
Policiais, camelôs...







sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

COMERCIAL DA VIVO E DA SAMSUNG FAZ HOMENAGEM A RAUL SEIXAS, O MALUCO BELEZA QUE JA SABIA QUE O MILAGRE DA INTERNT E DA TECNOLOGIA IA ACONTECER A MUITO TEMPO...


A imaginação a serviço da propaganda e do marketing.


Assistam e curtam este vídeo, é muito bonito...

sábado, 1 de fevereiro de 2014

A PESQUISA ELEITORAL PARA PLANEJAMENTO DE UMA CAMPANHA POLÍTICA, PRINCIPALMENTE PARA CANDIDATURAS A DEPUTADO ESTADUAL OU FEDERAL, TEM QUE TER AMOSTRAGEM CONSISTENTE E ABSOLUTO SIGILO DOS RESULTADOS PARA OS CANDIDATOS.


A imagem de um Obama construída com centenas de micro fotos 
mostra de maneira bem clara e objetiva como ao longo
de uma campanha eleitoral a imagem de um candidato
precisa agregar diferentes seguimentos sociais. Sem
essa diversidade a possibilidade de uma vitória
fica reduzida, salvo poucas exceções. 

Um dos principais problemas das pesquisas eleitorais, principalmente para os candidatos, está na leitura dos resultados, que precisam ser apresentados de forma didática para uma compreensão facilitada, que permita um planejamento da campanha eleitoral que seja racional e objetivo, conseqüentemente facilitando a gestão do trabalho.

Nos últimos 30 anos desde a queda definitiva da Ditadura Militar, o Brasil não passou mais de dois anos sem ter uma eleição ou plebiscito. Com tantas votações, o eleitor brasileiro mesmo que de diferentes gerações, já acumula muita experiência na arte de fazer sua opção. Erros e acertos aconteceram e ainda deverão acontecer, mas tudo isso faz parte de um aprendizado continuo e inerente aos regimes democráticos.

Plebiscitos à parte, basicamente o eleitor brasileiro tem escolhido representantes para os legislativos juntamente com governantes em todas escalas, municipal, estadual e federal sempre a cada dois anos, intercalando Prefeitos e Vereadores com Presidente da República, Governadores, Senadores, Deputados Federais e Estaduais.

No contesto das eleições as votações se dividem entre as para os cargos Executivos e as para os Legislativos.

Para os cargos Executivos temos uma realidade de apenas uma vaga em disputa por eleição com um número menor de candidatos, incluindo nesse caso também a disputa para o Senado que chega no máximo a duas vagas em disputa a cada oito anos. Para este tipo de eleição, a pesquisa eleitoral não tem um raio de possibilidades muito ampliado e pode ser planejada para resultados mais previsíveis.

Porém, na disputa para os cargos legislativos, deputados federais e estaduais, temos de dezenas a centenas de vagas em disputa, com um número muito maior de candidatos que inclusive pode chegar a milhares, o que certamente torna o planejamento destas pesquisas uma tarefa muito mais difícil de realizar, assim como também mais imprevisível.

Geralmente os candidatos são induzidos, pela necessidade da propaganda eleitoral de produzir resultados positivos até mesmo pela possibilidade de buscar recursos, a apresentarem pesquisas positivas feitas para ter efeito de impacto de marketing eleitoral, desprezando as pesquisas com resultados realistas inicialmente desfavoráveis que se interpretados de forma correta poderão significar estratégias acertadas que terão resultados positivos na reta final da campanha eleitoral.

No caso das campanhas eleitorais para cargos legislativos agora em 2014, em especial para as candidaturas aos cargos de deputados estaduais e federais, o desafio real colocado para as pesquisas eleitorais está no primeiro levantamento, geralmente realizado em fevereiro, antes do carnaval. Um trabalho que possibilitará uma analise das expectativas do eleitorado, que mesmo aparentando não estar ainda pensando no assunto eleição, quando provocado não se furtará em mostrar os caminhos que está pensando em seguir até a decisão final do voto, que geralmente começa a ser consolidada na segunda quinzena de setembro.

O desafio colocado será o de como buscar as pistas iniciais do eleitorado, quanto as suas aspirações e também em relação aos principais nomes colocados nas disputas, pelas vagas de deputados federais e estaduais.

O principal componente para que uma pesquisa eleitoral para inicio do planejamento de uma campanha eleitoral para um deputado, quer seja estadual ou federal, esta no planejamento da amostragem da pesquisa, que são as pessoas que serão entrevistadas, tanto no perfil social destes entrevistados, quanto no tamanho da amostra que será utilizada na pesquisa.

Esse tipo de pesquisa para planejamento de uma campanha eleitoral tem que ser sigiloso e esse compromisso dever ser a principal regra do planejador e gestor da pesquisa contratada.


Flávio Luiz Sartori



terça-feira, 21 de janeiro de 2014

sábado, 18 de janeiro de 2014

MARCOS COIMBRA, PRESIDENTE DO VOX POPULI, UM DOS PRINCIPAIS INSTITUTOS DE PESQUISA DO BRASIL, MOSTRA O PANORAMA PARA A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL DESTE ANO VISTO A PARTIR DO ATUAL MOMENTO.


Marcos Coimbra pode tranquilamente ser considerado
como o mais sério, confiável e competente profissional
de pesquisa do Brasil. Suas pesquisas e análises são 
isentas e sempre realistas.

O Panorama (eleitoral) visto de janeiro. 
Por Marcos Coimbra direto da Carta Capital.

Desde o fim da ditadura, em todas as eleições que fizemos, as pesquisas disponíveis em janeiro conseguiram antecipar o que as urnas mostraram.
Em três, os favoritos no início do ano eleitoral terminaram vencendo. Em janeiro de 1998, Fernando Henrique Cardoso liderava e nenhum adversário apresentava  fôlego para derrotá-lo. Lula chegou a quase empatar nas pesquisas de junho, mas a vantagem do tucano prevaleceu.

Nas duas oportunidades em que Lula teve sucesso, a mesma coisa: em janeiro de 2002, obtinha índices parecidos à votação que recebeu no primeiro turno. José Serra, Anthony Garotinho e Ciro Gomes, cada um de sua vez, cresceram, mas nenhum se firmou. Quatro anos mais tarde, algo semelhante. De janeiro de 2006 para a frente, o petista nunca perdeu a dianteira.
Em 1989, 1994 e 2010 o líder de janeiro não venceu. Mas, adequadamente interpretadas, as pesquisas identificaram o que acabou acontecendo. A eleição mais difícil de prever foi a primeira. Ninguém apostava na vitória de Fernando Collor.

Era, no entanto, uma hipótese admissível. O desejo de renovação do eleitorado, sua disposição para o risco, a rejeição ao governo José Sarney, tudo se conjugava para torná-la possível. Feitas em maio de 1988 e janeiro de 1989, pesquisas da Vox Populi indicavam que quase 40% do eleitorado queria votar em “um candidato novo, desvinculado dos partidos tradicionais”. Collor surgiu como oferta para aquela procura.
Em 1994, o fraco desempenho de Fernando Henrique nas pesquisas de janeiro só enganava quem desconhecia a formidável armação em curso. Nada menos que um plano anti-inflacionário havia sido sincronizado com o calendário eleitoral, de forma a turbinar a candidatura do ministro da Fazenda que por ele era responsável.(E ainda há quem, na oposição hoje, se diga “indignado” quando, por exemplo, o governo Dilma Rousseff anuncia, para 2014, metas mais ambiciosas para programas como o Minha Casa Minha Vida, achando que é “intervenção” do governo na eleição. Quem viu o tamanho da “intervenção” que foi o Plano Real só pode achar cômica a acusação.)

Quanto a 2010, a vantagem que Serra apresentava em janeiro tinha a consistência de uma quimera, na qual talvez apenas seus amigos na “grande imprensa” acreditavam. Qualquer um medianamente versado na análise de pesquisas percebia que Dilma seria eleita.

Assim, em todas nossas eleições modernas, seja quando apontaram o nome do vencedor, seja quando deixaram claros os sentimentos com que o eleitorado estava indo para as urnas, as pesquisas feitas a distância em que estamos da eleição foram capazes de mostrar o que terminou por ocorrer.

Há alguma razão para imaginar que, em 2014, será diferente? Considerando o cenário provável (em que enfrentaria Aécio Neves, pelo PSDB, e Eduardo Campos, pelo PSB) Dilma tem, nas pesquisas recentes, mais vantagem que Fernando Henrique em 1998 e Lula em 2002 e 2006, em momento semelhante. Seus 42% superam os 35% do tucano e os 30 e poucos pontos porcentuais de Lula em janeiro daqueles anos (dados do Datafolha e do Ibope).
Ou seja: se repetirmos, este ano, o padrão daquelas eleições (das quais duas de reeleição), ela deve ser considerada favorita absoluta.
Poderíamos, ao contrário, ter algo análogo às eleições de 1989, 1994 e 2010?

Nada indica que exista hoje um sentimento parecido àquele da primeira. O eleitor brasileiro típico não aceita aventurar-se na procura de mudanças vagas e calcula que tem muito a perder se acreditar na conversa de candidatos que mal sabem quem são. Um “novo Collor” é, a bem dizer, impossível.

Existe, nas oposições, alguém que possa ser um “novo Fernando Henrique”? Têm elas instrumentos para voltar a fabricar um personagem como aquele de 1994? Fora do governo, é certo que não.
Caberia pensar em uma “nova Dilma”, um nome de desempenho modesto nas pesquisas atuais, mas apoiado por uma liderança do calibre de Lula, capaz de superar qualquer adversário?

Não. O que Aécio enfrenta são problemas com seus correligionários. Eduardo Campos conta, no máximo, com o endosso
de Marina Silva, que, comparada a Lula, é uma força miúda.

Sempre é possível que o inesperado aconteça. Mas o provável é que as pesquisas de agora sejam confirmadas em outubro, como nas eleições anteriores.


Considero Marcos Coimbra um mestre e meu "gurú" entre os pesquisadores.


Flávio Luiz Sartori

domingo, 12 de janeiro de 2014

CONSUMO PRÁTICO: AUMENTO DA DEMANDA POR PRODUTOS E SERVIÇOS DE ELEVADA PRATICIDADE E QUE CONTRIBUAM PARA OTIMIZAÇÃO DO TEMPO.


Mudanças no Perfil do Consumo no Brasil:  Principais Tendências nos Próximos 20 Anos. 
Oitava Parte.

Direto do site Marcoplan.

Para uma significativa parcela da população, cada vez mais o
tempo praticamente "não vai existir".

Cerca de 10% dos 56 milhões de domicílios brasileiros são habitados por uma única pessoa, ou seja, são mais de 5 milhões de pessoas morando sozinhas no Brasil, segundo dados do IBGE. Entre os anos de 1996 e 2006, houve um crescimento de 8% para 10,7% do número de domicílios com um único habitante. O avanço estimado no número de pessoas sós para 2016 é de 12 milhões.

Em termos nacionais, o número de homens e mulheres morando sozinhos é praticamente igual (49,6% de homens e 50,4% de mulheres). Já sob o ponto de vista etário, observa-se que mais de 87% das “famílias unipessoais”, como define o IBGE, estão na faixa etária acima dos 30 anos. Mais especificamente, 46,3% entre 30 e 59 anos e 41% com mais de 60 anos. Isso significa que existe uma grande maioria na chamada faixa economicamente ativa, o que, em termos mercadológicos, implica pessoas em plena função produtiva e, por conseqüência, com maior poder de compra.

Pessoas que moram sozinhas têm demandas próprias e formas próprias de consumo de bens e serviços, em muitos casos, bastante diferenciadas de quem mora com a família ou mesmo com apenas uma outra pessoa. Há necessidade de parte dessas pessoas otimizarem seu tempo a fim de poder conciliar as atividades profissionais e pessoais com as demandas de sua moradia, a chamada administração da casa. Por isso, todos os produtos ou serviços que possam facilitar as tarefas domésticas dessas pessoas têm grande chance de aceitação. Adicionalmente, todo produto ou serviço que os ajudem a administrarem o seu tempo, otimizando tarefas e compromissos extras, vão encontrar uma boa demanda.

O consumo das pessoas que moram sozinhas vem crescendo em média 6% ao ano. Elas são responsáveis por 40% do aumento das vendas de produtos práticos e em porções individuais. O setor alimentício, por exemplo, já vem experimentando essa tendência. No primeiro quadrimestre de 2007, os supermercados já apresentaram uma elevação de 8% nas vendas de alimentos semi-prontos e congelados em relação ao mesmo período do ano passado (Consultoria AC Nielsen). Outro indicador é o crescimento de 10,6% entre 2006 e 2007 dos alimentos congelados e laticínios, o que representou mais do que o dobro do crescimento do setor alimentício (gráfico 8).

De acordo com estudo publicado pelo Sicongel (Sindicato dos Congelados, Supercongelados, Sorvetes, Concentrados e Liofilizantes), o setor de alimentos congelados atingiu, em 2008, um faturamento de US$ 2,05 bilhões, com um crescimento de 25,2% sobre o ano anterior.


domingo, 5 de janeiro de 2014

A DIMINUIÇÃO DO PODER DE INFLUENCIAR A OPINIÃO PÚBLICA DAS MÍDIAS TRADICIONAIS EM RELAÇÃO AO PAPEL CRESCENTE NA INTERNET DOS BLOGS E DAS REDES SOCIAIS NOS PROCESSOS ELEITORAIS DEVERÁ SER O GRANDE DESAFIO DAS PESQUISAS ELEITORAIS PARA A ELEIÇÃO DESTE ANO.


A citação da manipulação da Globo do debate eleitoral
entre Lula e Collor em 1989 é um fato histórico que,
inclusive, foi confirmado pelo próprio Boni, que era
um dos homens fortes da Globo naquela época.


Neste ano vamos ter eleições para cargos executivos, Presidente e Governador, e também para cargos legislativos, deputados estaduais, federais e para Senador. Em um Brasil onde a Internet se torna a ferramenta de acesso a informação e comunicação para as pessoas em uma escala cada vez maior já vai longe o tempo em que as campanhas eleitorais eram feitas de forma direta em relação  ao eleitor, com entrega de panfletos em um trabalho que era feito em combinação com comícios, apoio do rádio e também da televisão, principalmente a partir da segunda metade dos anos sessenta do século passado.

Nesses tempos de panfletagens, comícios, propagandas no rádio e posteriormente na televisão, se sobressaia também a importância dos setores da sociedade considerados como formadores de opinião, que conectados com as informações e os debates que aconteciam na mídia tradicional, reproduziam o que assimilavam  junto a população menos informada e escolarizada formando tendências de opinião que poderiam determinar a eleição de um candidato, o que de fato realmente acontecia.

Dos anos setenta para os anos oitenta do século passado cresceu muito o papel das propagandas políticas na televisão, assim como a influência das empresas de comunicação, principalmente de televisão, com destaque para a Rede Globo, nos processos eleitorais. Maior exemplo de como as redes de televisão passaram a influenciar os resultados eleitorais foi a manipulação do debate para a eleição presidencial entre Lula e Collor em 1989 feita pela Rede Globo, que usou seus telejornais para dar destaque ao fato, que acabou por influenciar o resultado final daquela eleição presidencial em favor de Collor.

Porém, a maior mudança com impacto nos processos eleitorais estamos vivendo, agora, no século vinte um, com a massificação da Internet através das redes sociais onde as informações circulam com muita rapidez e as opiniões formadas podem mudar em espaços de tempo muito curtos, podendo determinar mudanças de cenários eleitorais e resultados finais. Como exemplo, novamente, podemos citar a virada histórica na eleição para o parlamento da Espanha com a surpreendente vitória do socialista José Luis Rodríguez Zapatero no dia 14 de Março de 2004 em uma Espanha traumatizada por um ataque terrorista que aconteceu três dias antes da votação, que o governo de direita da Espanha insistiu em atribuir a terroristas bascos, sendo desmascarado pelo fato de que a rede terrorista Al-Qaeda assumiu a autoria do atentado, mostrando a mentira do então primeiro ministro José Maria Aznar, o que irritou os eleitores espanhóis informados que foram pelas redes sociais na Internet da mentira do governo em um espaço de apenas 24 horas, que foi o bastante para determinar o crescimento e a vitória de Zapatero, que acabou ficando com um pouco mais de 42% dos votos diante de um pouco mais de 37% de seu adversário Mariano Rajoy apoiado por Aznar, sendo que o candidato governista tinha liderado todas as pesquisas em todo processo eleitoral com números sempre próximos aos 45% de intenções de votos.

Nesse contesto, as pesquisas eleitorais sérias feitas com o objetivo de determinar as estratégias a serem adotadas são cada vez mais importantes. São pesquisas com características diferenciadas, que precisam ser realizadas não necessariamente para serem divulgadas, mas com toda garantia de sigilo e confiabilidade, tanto do contratante quanto do contratado, porque elas não são feitas para ter impacto de mídia, mas planejadas para captar a tendência do eleitorado em função do debate político que acontece e que tem como conseqüência a formação de tendências da opinião publica no cenário que se desenha através de levantamentos quantitativos e qualitativos. São pesquisas que tem a importante finalidade de ser base para a estratégia a ser adotada pelo comando das campanhas dos candidatos.

O acirramento do debate eleitoral no Brasil, principalmente depois das manifestações de junho e julho do ano passado, deverá ter como protagonistas, principalmente em relação ao crescimento da Internet, um número cada vez maior de pessoas com seus blogs e participação nas redes em contraposição a perda de espaços da mídia tradicional, com destaque para os jornais escritos e redes de televisão, que hoje já não tem mais o poder de formar opinião que tiveram no passado. 

Nesse novo cenário, a existência de setores da sociedade considerados como formadores de opinião é cada vez menor, na medida em que a escolaridade do brasileiro cresce ao mesmo tempo em que também cresce o acesso à internet e a participação do cidadão comum nas redes sociais.


Diante dessa realidade, as pesquisas deverão ter um papel ampliado na conjuntura da disputa eleitoral de 2014, principalmente na busca das novas realidades formadas a partir das tendências de opinião pública surgidas. 


Flávio Luiz Sartori

CONSUMO ONLINE: AUMENTO DAS TRANSAÇÕES COMERCIAIS USANDO A INTERNET.


Mudanças no Perfil do Consumo no Brasil:  Principais Tendências nos Próximos 20 Anos. 
Sexta Parte.

Direto do site Macroplan.

Em um mundo cada vez mais conectado o comércio 
virtual é a grande estrela.


A Internet já alcançou mais de um quarto dos habitantes do planeta e está presente no cotidiano de seus usuários. Hoje, as pessoas buscam informação pela Internet, encontram outras pessoas pela Internet, se casam e se separam pela Internet, fazem compras, estudam, aprendem e trabalham utilizando a Internet. No futuro, a Internet estará cada vez mais presente na vida das pessoas. E isto também é válido para as empresas. Nesse sentido, vale a pena refletir sobre a frase de Bill Gates, da Microsoft: “Daqui a algum tempo só existirão dois tipos de empresas: as que estão na Internet e as que não estão em lugar algum”.

Segundo a Ecommerce, o comércio eletrônico de bens de consumo no Brasil em 2009 atingiu faturamento de R$ 10,6 bilhões, crescimento de 33% em relação a 2008, e previsão de atingir R$13,6 bilhões em 2010. Para um setor que faturava algo ao redor de R$ 0,5 bilhões em 2001, este faturamento representa um extraordinário crescimento de mais em 10 anos (gráfico 6).

Por trás deste forte incremento do e-commerce encontra-se o aumento do número de consumidores. Em 2009, 17,6 milhões de consumidores já participavam do comércio eletrônico, aumento expressivo quando comparado ao 1,1 milhão registrado em 2001 (gráfico 7). Segundo a Ecommerce, no período entre 2004 e 2007, os setores com maior expansão de vendas online foi o turismo (62% a.a.), acompanhado pelo setor de bens de consumo (38% a.a.) e o de automóveis (20% a.a.). Em 2010 os produtos mais vendidos online foram livros, revistas e jornais (cerca de 21%) seguidos de artigos relacionados à informática (12%), saúde e beleza (9%), eletrônicos (7%) e eletrodomésticos (6%).


Dentre os novos consumidores incluem-se pessoas das mais diversas faixas etárias, particularmente adultos que nasceram antes da Internet e que tiveram que adquirir um novo comportamento: a realização de compras online. É possível que alguma parte dos adultos de hoje, que dispõe de acesso à Internet, nunca adquira esse novo hábito, mas é difícil imaginar que os jovens nascidos e criados junto com a Internet não se tornem e-consumidores no futuro, expandindo ainda mais o mercado e jogando mais combustível no desempenho do e-commerce.