ANÁLISES, TEXTOS RELACIONADOS AO MUNDO DAS PESQUISAS E PRINCIPAIS TRABALHOS REALIZADOS.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

CONSUMO RESPONSÁVEL: AUMENTO DA CONSCIENTIZAÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL DO CONSUMIDOR E IDENTIFICAÇÃO DAS EXIGÊNCIAS NO PROCESSO PRODUTIVO.


Mudanças no Perfil do Consumo no Brasil:  Principais Tendências nos Próximos 20 Anos. Quarta Parte. 

Direto do site Macroplan.


Um número cada vez maior de brasileiros questiona
a origem do que consomem.

O consumidor brasileiro tem se mostrado cada vez mais preocupado com a aquisição e o uso de produtos e serviços sócio-ambientalmente sustentáveis. De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Akatu em 2007, um terço dos consumidores considera a responsabilidade sócio-ambiental das empresas na hora de escolher de quem vai comprar.

Além disso, diversas leis de regulação ambiental têm sido criadas e estão colaborando para tornar a conscientização um aspecto mais palpável para a sociedade. Dentre os diversos aspectos ambientais considerados pelo consumidor, destacam-se: a poluição (durante o processo produtivo), o consumo ou a disposição final, a sustentabilidade das matérias-primas e a ética social.


Nesse contexto, o consumidor desejará obter cada vez mais informações sobre os produtos oferecidos, desde a aquisição de matérias-primas, passando pelo processo de fabricação, até o destino final. Conhecer a composição, as condições de processamento e transporte e os fabricantes dos componentes do produto são alguns exemplos de informação que serão exigidas. Para isso, serão cada vez mais demandados o acompanhamento e o monitoramento dos produtos, serviços e respectivos processos produtivos, que deverão ser feitos de forma mais rigorosa, visando ao aumento da credibilidade dos fornecedores para com os clientes (gráfico 5).

O crescimento do número de certificações atesta o compromisso com 
qualidade do que esta sendo produzido no Brasil.




terça-feira, 10 de setembro de 2013

CONSUMO SAUDÁVEL: VALORIZAÇÃO DA SAÚDE NAS DECISÕES DE CONSUMO E AUMENTO DA DEMANDA POR PRODUTOS E SERVIÇOS ORIENTADOS A UMA VIDA SAUDÁVEL.


Mudanças no Perfil do Consumo no Brasil:  Principais Tendências nos Próximos 20 Anos. Terceira Parte. 

Direto do site Macroplan

Consumo saudável volta para a qualidade
de vida.

A emergência de uma forte tendência relativa ao comportamento do consumidor nos últimos anos, no Brasil e na maioria dos países em desenvolvimento, diz respeito à preocupação em ter e manter uma vida saudável. Há uma parcela crescente da população disposta a investir grande parte do seu tempo e de seus recursos para viver mais e melhor.

A dedicação com que estas pessoas tratam todos os aspectos relacionados à saúde pode ser medida de várias formas. Havia 1.300 SPAs nos EUA no início da década de 90; hoje são mais de 10 mil. No Brasil, onde este serviço era praticamente inexistente há 20 anos atrás, há mais de mil unidades de SPA, sendo que estas não mais estão ligadas exclusivamente à perda de peso e têm estendido sua atuação para uma série de outros serviços focados na promoção da saúde e da qualidade de vida.

Outro exemplo vem do mercado de complementos vitamínicos, que em 2006 movimentou cerca de R$ 370 milhões no Brasil, aumento expressivo (de quase 55%) quando comparado aos R$ 240 milhões movimentados em 2002.
Da mesma forma, a crescente busca pela melhoria da qualidade de vida pode ser percebida pelo aumento do consumo de serviços e produtos saudáveis (gráfico ). 

Um mercado que desde 1990 só cresce, sem parar.


Dentre eles, o mais evidente é a alimentação. Grande parte da população, de todas as faixas etárias, tem buscado uma dieta mais equilibrada, inclusive utilizando complementos vitamínicos para isso. Atualmente, 80% dos jovens afirmam em pesquisas procurar alimentos mais saudáveis e naturais, 35% dos domicílios brasileiros consomem produtos diet e light e 21% consomem produtos orgânicos. O consumo de orgânicos vem aumentando 30% a cada ano, segundo estimativa do Instituto Biodinâmico, uma das instituições que certifica esses alimentos no Brasil. 

Vendas no varejo de alimentos mais saudáveis no Brasil saltaram de US$ 8,5 bilhões em 2004 a US$ 15,5 bilhões em 2009, um crescimento de 82%.

Complementarmente, as atividades saudáveis seguem a mesma tendência de crescimento, com destaque para a expansão do número de academias e clínicas de estética instaladas.



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

AUMENTA A DEMANDA POR PRODUTOS E SERVIÇOS ORIENTADOS AO CONSUMIDOR COM MAIS DE 60 ANOS EM VIRTUDE DO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL.


Mudanças no Perfil do Consumo no Brasil:  Principais Tendências nos Próximos 20 Anos. Segunda Parte. 

Direto do site Macroplan

Idosos: longevidade com qualidade de vida.

A população brasileira está crescendo e envelhecendo. As estatísticas do Censo 2000, do IBGE, apontam que houve um acréscimo de 17,8% no número de brasileiros com mais de 60 anos, em relação ao Censo de 1991. Em 1991, o Brasil tinha 10,7 milhões de idosos e passou a ter, em 2000, cerca de 14,6 milhões. Já, em 2004, esse número chegou a 17,6 milhões e, em 2008, viviam no Brasil 21 milhões de pessoas com idade acima de 60 anos.

Em 2020, o grupo de idosos já será de quase 30 milhões, segundo o IBGE.

Este crescimento não foi apenas em números absolutos, mas também percentualmente sobre o total da população brasileira, saltando de 7,3% em 1991 para 8,6% em 2000, chegando a 9,7% em 2004, atingindo 11,1 % em 2008. Por exemplo, o Rio de Janeiro é o estado com o maior percentual de residentes com idade superior a 60 anos: 14,9% de sua população total (gráfico 3). Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), são cerca de 1,5 milhão de pessoas acima dos 60 anos de idade.

Por trás deste movimento encontra-se o expressivo aumento da longevidade da
população brasileira. Em apenas 24 anos (1980-2004), a expectativa de vida ao nascer
aumentou em nove anos. A média de vida passou de 62,2 anos em 1980 para 71,7 anos em 2004, e 72,9 em 2008.
Complementarmente, a renda mensal dessa faixa etária tem crescido significativamente.

Estima-se que o rendimento dos idosos passará de 16 bilhões de reais em 2006 para 25 bilhões de reais em 2020.
Nesse sentido, o envelhecimento populacional trará impactos significativos para
diversos setores dado que esta faixa da população possui demandas próprias, muitos ainda têm vida economicamente ativa e estão preocupados em viver mais e melhor. 

Todo bem ou serviço que possa contribuir para uma melhor qualidade de vida dessas pessoas têm um mercado potencial bastante elevado. Um exemplo vem do setor de complexos vitamínicos. O segmento de vitaminas geriátricas é um dos que apresenta maior crescimento no ramo farmacêutico, tendo registrado uma taxa de 127% de expansão entre 2003 e 2007, saltando de 15% para 23% de participação no total de consumo de vitaminas no Brasil.



domingo, 1 de setembro de 2013

CONSUMO EXIGENTE: MAIOR EXIGÊNCIA POR PRODUTOS E SERVIÇOS DE QUALIDADE, INCLUINDO A VALORIZAÇÃO CRESCENTE DA CERTIFICAÇÃO E DA RASTREABILIDADE (ONDE ENCONTRAR UM PRODUTO).

Mudanças no Perfil do Consumo no Brasil:  Principais Tendências nos Próximos 20 Anos. Primeira parte. 

Direto do site Macroplan


Nos próximos 20 anos, as empresas irão se defrontar com mudanças no perfil de consumo de seus potenciais clientes. Diversos fatores estruturais, como o envelhecimento populacional, a valorização da qualidade de vida, o consumo precoce e o aumento do poder de consumo das classes de baixa renda serão responsáveis pelo ingresso de novos consumidores que, adicionalmente, se mostrarão cada vez mais exigentes e responsáveis do ponto de vista socioambiental. As tendências destacadas a seguir tratam dessa variedade de transformações no comportamento do consumidor, implicando a necessidade de maior segmentação do mercado e de diferenciação de produtos e serviços.

As pessoas com mais de 60 anos se tornarão 
cada vez mais numerosas em virtude 
do envelhecimento populacional.


Tendências de Consumo

1. Consumo exigente: maior exigência por produtos e serviços de qualidade, incluindo a valorização crescente da certificação e da rastreabilidade;

2. Consumo +60: aumento da demanda por produtos e serviços orientados ao consumidor com mais de 60 anos em virtude do envelhecimento populacional;

3. Consumo saudável: valorização da saúde nas decisões de consumo e aumento da demanda por produtos e serviços orientados a uma vida saudável;

4. Consumo responsável: aumento da conscientização sócio-ambiental do consumidor e intensificação das exigências éticas e de eficiência no processo produtivo;

5. Consumo de baixa renda: ingresso de novos consumidores à economia de mercado e aumento da demanda por bens de consumo popular pelas classes de baixa renda (C, D e E);

6. Consumo precoce: aumento do poder de decisão de compra exercido pelas crianças e adolescentes sobre o consumo familiar;

7. Consumo online: aumento das transações comerciais utilizando a Internet;
8. Consumo prático: aumento da demanda por produtos e serviços de elevada praticidade e que contribuam para a otimização do tempo;


9. Consumo em nichos: aumento da procura por serviços e produtos direcionados a mercados (públicos) específicos (portadores de necessidades especiais, GLS e afrodescendentes, entre outros).

A população está cada vez mais consciente e exigente de seus direitos. Selos de
certificação e de garantia nos produtos já são requisitos indispensáveis para responder às
crescentes exigências de qualidade presente nos mercados doméstico e internacional
(gráficos 1 e 2). Da mesma forma, os serviços disponibilizados também deverão
corresponder às expectativas dos consumidores, principalmente no que se refere aos
critérios de conforto e rapidez.

Diante de um consumidor que se mostrará cada vez mais exigente nos próximos anos,
terá valor crescente a rastreabilidade de produtos e processos produtivos. Isto permitirá
não somente adequá-los às normas de qualidade e aos requisitos de aparência,
funcionalidade e facilidade de manutenção exigidos pelo consumidor, como garantirá
também o acesso à informação em tempo real da história, aplicação, localização e os

processos aos quais o produto está relacionado.